domingo, 15 de abril de 2012

II Domingo de Páscoa - 15 de Abril

Tema: "A Paz esteja convosco"

1ª Leitura: Act 4,32-35

2ª Leitura: 1 Jo 5,1-6

Evangelho: Jo 20, 1-9

Mensagem:  

"A incredulidade de S. Tomé" (1602) de Caravaggio

A ressurreição de Jesus é um acontecimento de ordem sobrenatural. S. João já tinha falado da ressurreição de Lázaro como um sinal de que Jesus era a Ressurreição e a Vida. Mas a ressurreição de Lázaro foi um tornar a viver, um voltar atrás à vida natural para, um tempo mais tarde, voltar a viver. A ressurreição de Jesus é um passo para a frente: é um vencer a morte para uma vida que não mais acaba. Jesus continua a ser o mesmo, mas de modo diferente, tendo ultrapassado as barreiras naturais e físicas.

É isto que S. João começa por dizer ao apresentar Jesus, que surge no meio dos seus discípulos, estando as portas fechadas. Jesus ressuscitado é o mesmo que foi crucificado, com os sinais da morte: o lado, as mãos e os pés.

A presença do Senhor ressuscitado é motivo de alegria, transmitindo a paz e comunicando (soprando) aos seus discípulos o Espírito (sopro) Santo.

O reconhecimento de Jesus ressuscitado dá-se sempre no primeiro dia da semana, assinalado progressivamente como dia do Senhor, quando a comunidade está reunida para fazer a experiência de perceber a presença do Senhor na sua vida, receber a força do Espírito e a paz de Cristo. Quem não está presente, como Tomé, não percebe nem quer perceber o anúncio: «Vimos o Senhor», e quer provas físicas.

A figura de Tomé aparece como modelo de incredulidade e de fé. A vida do Senhor ressuscitado escapa aos nossos sentidos, não pode ser tocada com as nossas mãos nem ser vista com os nossos olhos. Só pode ser alcançada através da fé.

Não precisamos de fé para aquilo que vemos, sentimos fisicamente e que nos aparece com a certeza da evidência física. Por isso aqueles que acreditam sem verem são mais felizes porque têm a fé no seu estado mais puro, isto é, a única Fé. Só assim consegue fazer a verdadeira profissão de fé em Jesus, reconhecendo-o como: «Meu Senhor e meu Deus».




Fonte: Boa Nova - Diocese de Aveiro  (adaptação) 

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