sábado, 31 de dezembro de 2011

Sagrada Família - 30/12

O Menino crescia em graça e sabedoria.
Deus estava com Ele.


«O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com
o que Dele se dizia.
Simeão abençoou-os (…) e o menino crescia e
robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de
Deus estava com Ele.»

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Fonte: "Família, Esperança e Dom!", Caminhada de Advento-Natal 2011/2012, Vigararia da Educação Cristã, Diocese de Aveiro


domingo, 25 de dezembro de 2011

NATAL: ELE É NOSSA PAZ


10º Ano de Catequese do Centro da Igreja


Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo - 25 de Dezembro

"O nascimento de Jesus" (1653) de Nicolas Poussin
Pintura exposta em Alte Pinakothec, Munique (Alemanha)

Tema: "O Verbo fez-se carne"

1ª Leitura: Is 52, 7-10

2ª Leitura: Heb 1, 1-6

Evangelho: Jo 1, 1-18

Comentário:
S. João coloca o Verbo em Deus, apresentando a sua preexistência eterna, a intimidade de vida com o Pai e a sua natureza divina. O Verbo é força que cria, revelação que ilumina, pessoa que comunica a vida de Deus.

Para o homem da Bíblia «a Palavra» é a expressão mais profunda e íntima duma pessoa e o próprio Deus não seria Deus se não comunicasse a sua Palavra do fundo do seu Ser. O Verbo é gerado eternamente do profundo do seio do Deus-Amor; ele é o rosto do Pai, é a igualdade na diversidade das duas pessoas que se amam e comunicam entre si.

Todo o homem é feito para a luz e é chamado a ser iluminado pelo Verbo com e luz eterna de Deus que é a própria vida do Pai dada ao Filho. A luz de Cristo brilha em todo o homem que vem ao mundo e as trevas lutam para a eliminar. Todavia, o ambiente do mal, que se opõe à luz de Deus e à palavra de Jesus-Verbo, não consegue ter a vantagem e vencer.

Jesus é a luz autêntica e perfeita que apaga as aspirações humanas; a única que dá sentido a todas as outras luzes que aparecem na cena do mundo. Esta luz divina ilumina cada homem que nasce neste mundo. É a luz que se oferece no íntimo de todo o ser como presença, estímulo e salvação.

O Evangelho afirma que «o Verbo se fez carne», isto é, que a Palavra se fez homem, na sua fragilidade e impotência, como qualquer criatura, nascendo duma mulher, Maria. É este o anúncio que é necessário crer para se ser salvo: «Todo o espírito que reconhece Jesus Cristo vindo na carne, é de Deus; todo o espírito que não reconhece Jesus, não é de Deus (1Jo 4,2-3).

Jesus é a revelação de Deus, mas de modo escondido e humilde. No evangelho de João, a glória do Senhor é algo de interior que só o homem de fé pode compreender. A «glória» de Cristo é a verdade do seu mistério: a revelação no homem-Jesus do Filho de Deus vindo de junto do Pai.

Toda a vida de Jesus se desenrolou como vida filial, numa atitude de escuta e de obediência ao Pai, numa relação de amor com o Pai e como manifestação do Pai.



Fonte: Boa Nova - Diocese de Aveiro  (adaptação)  

sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal - 25/12

Veio até aos seus
e os seus não O receberam


«E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.
Nós vimos a sua glória,
glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito,
cheio de graça e de verdade».


Jesus nasceu na cidade de Belém, no seio de uma família pobre, e foi envolvido em panos e recostado numa manjedora. Jesus Cristo é a Palavra do Pai feita Pessoa, Filho de Deus por natureza e não por adopção. É, em simultâneo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Nasce para salvar. Apenas e só. Para nos salvar. Por amor e para amar!

Os nascimentos, a vida que se faz existência, são motores de realização e felicidade. A Família de Nazaré, apesar das dificuldades, saboreou a alegria da vida nascente.

Neste tempo em que vivemos, em que por diversificados factores, a natalidade anda “nas ruas da amargura”, precisamos de reforçar a consciência e a certeza de que a família é uma realidade sempre aberta à vida.

Na construção do presépio…
Colocamos no nosso presépio o MENINO JESUS, em cima da Bíblia aberta, porque a Palavra fez-Se carne.


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Fonte: "Família, Esperança e Dom!", Caminhada de Advento-Natal 2011/2012, Vigararia da Educação Cristã, Diocese de Aveiro

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Natal, Esperança e Dom!


Mensagem de Natal de D. António Francisco, Bispo de Aveiro:
 
"O Natal é um acontecimento. Sempre novo e único. Sempre diferente e irrepetível. O Natal é dom de Deus!

O Natal não precisa de acrescentos nem de adereços. Não carece de adjectivações nem de qualificativos. Porque só há um Natal: o Natal de Jesus, o Filho de Deus.

O Natal será tanto mais autêntico quanto mais o centrarmos em Jesus Cristo e quanto melhor soubermos fazer deste tempo, (...) uma oportunidade de procura de Deus e uma experiência de encontro com a Humanidade.


(...) Neste tempo de crise prolongada e de austeridade implacável para tantas famílias, o Natal não pode ser apenas um oásis no deserto ou um momento de tréguas frente à inclemência injusta de tantas provações para os mais pobres. O Natal deve ser caminho para quantos procuram Deus e luz para todos os que esperam dos cristãos respostas concretas e compromissos corajosos de comunhão solidária e de fraternidade efectiva com os que mais sofrem.

O coração humano é o melhor presépio de Jesus, a família a necessária escola do Natal e a comunidade cristã o fermento novo do Evangelho que o Filho de Deus nos trouxe. Caros Diocesanos: que este Natal nos desperte com renovada alegria e crescente encanto para uma bela missão, vivida já na expectativa da próxima Missão Jubilar, conscientes de que no nascimento de Jesus se revela o amor de Deus pela Humanidade e que este amor aprendido com Jesus, o Filho de Deus, nos fará mais evangelizados e evangelizadores, mais generosos e solidários, mais atentos e felizes, mais próximos e irmãos, membros conscientes de uma Humanidade nova e construtores activos de uma Igreja viva.

Um abençoado e feliz Natal para todos."
Aveiro, 17 de Dezembro de 2011

António Francisco dos Santos
Bispo de Aveiro

Fonte: Leia a mensagem na íntegra no site da Diocese de Aveiro

domingo, 18 de dezembro de 2011

4ª Semana do Advento - 18/12 a 24/12

Preciso de ti!

«A Deus nada é impossível».

Maria, a serva do Senhor, escutou o anúncio da missão para a qual Deus a tinha escolhido.

Maria é um exemplo perfeito para a nossa vida. Tal como ela, também nós temos que estar atentos à missão que Deus tem para nos dar.

Como família cristã, precisamos de sentir que somos chamados a tomar parte na vida e na missão da Igreja. Precisamos de abrir o nosso coração ao amor de Deus para dizermos o nosso “SIM”, íntegro e decidido.

Na construção do presépio…
Colocamos no nosso presépio uma FLOR BRANCA como sinal da simplicidade, delicadeza, aceitação, determinação e confiança que aprendemos de Maria.


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Fonte: "Família, Esperança e Dom!", Caminhada de Advento-Natal 2011/2012, Vigararia da Educação Cristã, Diocese de Aveiro

4º Domingo do Advento - 18 de Dezembro

Tema: "Eis a serva do Senhor..."

1ª Leitura: 2 Sam 7, 1-5. 8b-12. 14a. 16

2ª Leitura: Rom 16, 25-27

Evangelho: Lc 1, 26-38.




Mensagem:
Além de solene, o início do Evangelho deste Domingo é insólito, porque normalmente é o inferior que vai ter com o superior. A destinatária é primeiro apresentada com uma qualificação, «virgem», sem dúvida digna de valor, repetida duas vezes no mesmo versículo. Seguem-se outros pormenores, como a condição social de mulher que cumpriu a primeira fase do matrimónio, a descendência davídica do marido, o nome do marido e, por fim, não sem solenidade, o seu nome: Maria. A abundância de pormenores e o cuidado na escolha dos mesmos são um primeiro indício do papel importante que Maria tem na missão que Deus lhe quer confiar.

A saudação do anjo é fora do comum, quer porque em nenhum caso um mulher até então tinha sido saudada daquela maneira, até porque o seu conteúdo sai fora dos esquemas habituais. A iniciativa amorosa de Deus em relação a Maria é compendiada no termo «graça», que exprime o novo nome dado a Maria.

«O Senhor está contigo»: a ideia da missão está implícita. Quando Deus está com Israel ou com um seu eleito (Jacob; Moisés; Gedeão), isto significa não apenas protecção mas já uma ajuda para a missão. Maria é colocada na linha das grandes figuras que receberam de Deus um particular sustento em vista da tarefa a cumprir.

"Anunciação" (1433-34) de Fra Angélico
Painel principal do retábulo do altar da vida de Maria,
Igreja dos Jesuítas, Cortona (Itália)
A saudação insólita causa a perturbação de Maria. Não se trata duma perturbação descontrolada, porque Maria não perde a concentração e a capacidade de reflectir nas palavras da mensagem. «Não temas, Maria», é um convite à serenidade e à esperança. 

A mensagem vem agora anunciar um nascimento e a missão do que vai nascer. Jesus é apresentado não no seu fazer, mas no seu ser. São especificados os títulos, não a acção: ser grande, ser chamado Filho do Altíssimo, receber o trono de David, reinar para sempre, ser Filho de Deus. Acerca dele é dito que será «grande», título que sem mais precisões era reservado ao próprio Deus.

«O Espírito Santo descerá sobre ti, sobre ti estenderá a sua sombra o poder do Altíssimo». O texto exclui categoricamente a iniciativa e papel do homem na concepção, mas não explica como Deus intervém nem como age o Espírito. Vem sobre Maria como há-de vir sobre os Apóstolos. Aquele que vai nascer gozará duma relação única com Deus, será da sua mesma natureza: «Por isso, aquele que vai nascer santo será chamado Filho de Deus».  

Maria não é mãe dum homem que se torna Deus, mas dum ser humano cuja pessoa sempre foi divina. Encontramos aqui a maior originalidade do cristianismo: a profunda identidade de Cristo e o seu mistério.

O «sim» de Maria - «Eis a serva do Senhor...» - é o assentimento, a participação da vontade e do coração que escuta, o abandono a qualquer referência pessoal para confiar só na palavra divina.

"Anunciação" (1472) de Leonardo da Vinci
Pintura exposta na Galeria Uffiz, Florença (Itália)
Fonte: Boa Nova - Diocese de Aveiro  (adaptação) 

sábado, 17 de dezembro de 2011

Os Apóstolos ensinam-nos...

Os Apóstolos ensinam-nos 
a viver em comunhão fraterna.


4º Ano de Catequese de Albergaria-a-Nova

domingo, 11 de dezembro de 2011

3ª Semana do Advento - 11/12 a 17/12

Deus está no meio de vós e não dais conta.


«João deu testemunho dele ao clamar: “Aquele que vem
depois de mim, passou-me à frente, porque existia antes de mim”».



José é o “justo” escolhido por Deus para ser esposo de Maria e pai adoptivo de Jesus.

Se olharmos para José, aprendemos com ele a esforçarmo-nos com alegria, independentemente do reconhecimento que nos possa ser atribuído e dos agradecimentos que possamos esperar.

Como família cristã, em tempos de crises variadas, precisamos de reaprender o valor do trabalho, do esforço, da dedicação, do serviço e até do suor!

Na construção do presépio…
Colocamos no nosso presépio o SERROTE, simbolizando o nosso esforço e perseverança, o nosso trabalho e dedicação, que aprendemos com S. José.


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Fonte: "Família, Esperança e Dom!", Caminhada de Advento-Natal 2011/2012, Vigararia da Educação Cristã, Diocese de Aveiro

3º Domingo do Advento - 11 de Dezembro

Tema: "Eu sou a voz que clama no deserto: aplanai o caminho do Senhor."

1ª Leitura: Is 61, 1-2a. 10-11

2ª Leitura: 1 Tes 5, 16-24

Evangelho: Jo 1, 6-8. 18-28




Mensagem:
O texto deste 3º Domingo, procura esclarecer a diferença entre o Precursor e o Messias, apresentando João como um protagonista essencial da entrada na história do Verbo de Deus, que é Vida dos homens e Luz do mundo.

"S. João Baptista" 
Pintura de Philippe De Champaigne
exposta no Museu de Grenoble, França


A primeira parte (Jo 1,6-8) já deixa bem claro que João, mais do que um Precursor de Cristo, é um «homem enviado por Deus... para dar testemunho da Luz». Não era a Luz, mas devia dar testemunho da Luz, aquela luz verdadeira que ilumina todo o homem. O próprio Jesus dirá mais adiante: «Quem me segue não caminha nas trevas».

A segunda parte (Jo 19-28) é o início dos diversos testemunhos em favor de Cristo, começando com o testemunho de João em relação aos judeus (e fariseus) que em todo o IV Evangelho são apresentados como os inimigos de Jesus.


Num diálogo insistente, João dá o seu testemunho e declara que não é o Cristo, o Messias, a LUZ.

Também não é Elias nem o Profeta. João apresenta-se como a personificação do Antigo Testamento, como a voz que anuncia a grande libertação (Is 40,3) que virá com o Messias. O baptismo de água que ele realiza sugere e anuncia o baptismo do Espírito de que falará expressamente mais adiante (Jo 1,33).

Enquanto João faz ouvir a sua voz e baptiza com água, faz saber aos seus ouvintes que «no meio de vós está alguém que não conheceis, aquele que vem depois de mim, a que eu não sou digno de desatar a correia das sandálias».

O anúncio de Cristo por João Batista é dado com toda a humildade. Nem se considera digno do serviço mais humilde: desatar a correia das suas sandálias.

Fonte: Boa Nova - Diocese de Aveiro  (adaptação) 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Imaculada Conceição - 8/12

“Salve, cheia de graça,
o Senhor está contigo”


«Maria disse, então: ”Eis a serva do senhor, faça-se em
mim segundo a tua palavra”».


Na construção do presépio…
Colocamos no nosso presépio a BÍBLIA, posicionada como manjedoura, porque Jesus é a Palavra, o Verbo de Deus.


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Fonte: "Família, Esperança e Dom!", Caminhada de Advento-Natal 2011/2012, Vigararia da Educação Cristã, Diocese de Aveiro

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Festas da Catequese 2011-2012

  • FESTA DO ACOLHIMENTO (1º Ano): 23 de Outubro de 2011
  • FESTA DAS BEM-AVENTURANÇAS (7ºAno): 29 de Janeiro de 2012
  • FESTA DA VIDA (8º Ano): 12 de Fevereiro de 2012
  • BAPTISMO (crianças da Primeira Comunhão): 7 de Abril, Vigília Pascal
  • FESTA DA PALAVRA (4º Ano): 29 de Abril de 2012
  • PRIMEIRA COMUNHÃO (3º Ano): 13 de Maio de 2012 
  • FESTA DAS FAMÍLIAS - DIOCESE: 20 de Maio de 2012
  • FESTA DO PAI-NOSSO (2º Ano): 27 de Maio de 2012
  • CRISMA: 3 de Junho de 2012
  • FESTA DA PROFISSÃO DE FÉ (6º Ano): 7 de Junho 2012 (Corpo de Deus) 
  • FESTA DO COMPROMISSO E FESTA DO ENVIO: 10 de Junho de 2012 (em Albergaria, a partir das 9h00) 
  • FESTA GERAL DA CATEQUESE E DA COMUNIDADE: 17 de Junho de 2012

Pedaços de vida que geram vida

Pedaços de vida que geram vida” é o título do livro que reúne “experiências e vivências em missão” de D. António Marcelino, bispo emérito de Aveiro.

A obra será apresentada publicamente no dia 12 de Dezembro, na Biblioteca Municipal de Aveiro, pelas 18h, contando com a intervenção do economista António Bagão Félix.
Entrada livre... 


«Há acontecimentos e situações que vivemos,  mas não nos pertencem só a nós.  Há vidas destinadas a ser berço de acolhimento de graças para as repartir pelos outros.
Para este livro, escolhi vivências provocadas por gente que passou pela minha vida ou dela fez parte. Por vezes, gente simples e anónima, aquela que julgamos que nada tem para nos dar ou ensinar… Gente experiente de Deus com a qual me foi dado cruzar, nos caminhos da missão, e já neste longo tempo do meu peregrinar» 
D. António Marcelino


domingo, 4 de dezembro de 2011

2ª Semana do Advento - 04/12 a 10/12


No deserto, João pregava
o arrependimento e a conversão


«Apareceu João Baptista no deserto,
a proclamar um baptismo de penitência
para remissão dos pecados». 


João Baptista é o “Precursor”, ou seja, é aquele que prepara a vinda do Messias. A sua missão é aplanar e preparar o caminho do Senhor. João ensina-nos, por meio do seu baptismo de penitência, que nos devemos purificar, a fim de nos convertermos, ou seja, de voltarmos, de novo, o nosso coração para Deus.

A família é suporte e apoio da felicidade humana, porque nos transforma e nos ajuda nesta caminhada de preparação para receber o Salvador. Para isto, também como família, precisamos de fazer um esforço de purificação e de conversão, abrindo as portas e janelas do nosso coração.

Na construção do presépio…
Colocamos no nosso presépio a ÁGUA, porque é o sinal que aponta o nosso Baptismo e nos recorda a necessidade de purificação e de conversão permanentes.


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Fonte: "Família, Esperança e Dom!", Caminhada de Advento-Natal 2011/2012, Vigararia da Educação Cristã, Diocese de Aveiro

sábado, 3 de dezembro de 2011

2º Domingo do Advento - 4 de Dezembro

Tema: "Preparai o Caminho do Senhor"

1ª Leitura: Is 40, 1-5. 9-11

2ª Leitura: 2 Ped 3, 8-14

Evangelho: Mc 1, 1-8



Mensagem:
Ao falar de «Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus», Marcos diz algo de concreto para os leitores, apresentando Jesus ao mesmo nível do imperador, passando para Ele os atributos e as honras. Jesus é a incarnação de Deus, trazendo consigo a salvação do mundo e o caminho para o Reino de Deus de que Ele será o anunciador e o próprio centro.

Por isso Jesus é o «Messias» (Cristo) e, ao longo do texto de Marcos, o «Filho do Homem», mas também é essencialmente o «Filho de Deus», assim proclamado pelo centurião romano encarregado da crucifixão. Em Jesus o Evangelho tem o seu «princípio» para nunca mais deixar de ser proclamado.
"S. João Baptista" (1604-05) de Caravaggio
Pintura exposta no Museu de Arte Nelson-Atkins, Kansas (EUA)

Tudo começou com a pregação de João no deserto. Por isso, Marcos apresenta logo a seguir a figura grandiosa de João, com frases do Antigo Testamento, como «o mensageiro» que precede imediatamente o «Senhor», numa nova alusão à divindade de Jesus.

À primeira vista parece estarmos perante um texto do profeta Isaías, quando de facto começa com um texto de Malaquias (3,1), alterando «o meu caminho» para «o teu caminho». João é o mensageiro do Senhor enviado a preparar o caminho de Deus, agora incarnado em Jesus. O outro texto, Isaías 40,3, apresenta João como a voz que anuncia, não já libertação e o regresso do exílio da Babilónia, mas a libertação do pecado e o encontro com Deus operados por e em Jesus, o Filho de Deus.

A importância deste momento de salvação é sublinhada pela própria figura de João: a sua sobriedade e rigor estimulam à renúncia dos bens da terra a fim de estar livre para Deus. O seu porte profético evoca o estilo de Elias que se «vestia de peles» e «trazia um cinto de couro em volta dos rins» (cf. 2Rs 1,8) é que devia vir um dia para anunciar a chegada eminente do Messias.

O reino de Deus estava próximo e, com a sua vinda, o perdão dos pecados. O baptismo pregado e realizado por João era um rito de iniciação duma nova comunidade («toda a região...») que, arrependida dos seus pecados, esperava o Reino concretizado no mais forte que ele. É com Jesus que vem o «Espírito Santo», o dom dos últimos tempos, prometido pelo profeta Ezequiel (36,25-29). João, consciente do seu papel preparador e orientador, acredita que Aquele a quem anuncia comunicará essa força.


"A pregação de S. João Baptista" (1520) de Francesco Bacchiacca
Pintura exposta no Museu de Belas Artes, Budapeste (Hungria)
Fonte: Boa Nova - Diocese de Aveiro  (adaptação)