Tema: "Vinde e Vede"
1ª Leitura: 1 Sam 3, 3b-10.19
2ª Leitura: 1 Cor 6,13c-15a.17-20
Evangelho: Jo 1,35-42
Mensagem:
Na linha duma sucessão de dias de apresentação de Jesus, o evangelista João mostra-nos a figura de João Baptista que está a terminar a sua missão. Ele estava de novo ali, parado, enquanto Jesus passava. Jesus já tinha iniciado o seu caminho, a sua missão.
João fixou o olhar em Jesus. O verbo emblépein, traduzido aqui por fixar o olhar, significa ver dentro, captar o íntimo da pessoa. Aquele Jesus que passa é percebido e apresentado como o Cordeiro de Deus.
No dia anterior, João tinha identificado Jesus como o «Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo» (cf. Jo 1,29). Na mente do evangelista Jesus é o novo Cordeiro pascal cujo sacrifício libertará do pecado e da morte (Jo 19,14); é o Servo do Senhor que, como cordeiro levado ao matadouro, tomou sobre si os pecados de muitos e sofreu pelos culpados (Is 53,7.12); é o novo Isaac, o filho bem amado do Pai, o cordeiro de substituição (cf. Gn 22,1-18) que se oferece espontaneamente por amor.
É o testemunho de João que incita os dois discípulos a seguirem Jesus. «Que procurais?» é a primeira palavra de Jesus no Evangelho de S. João. Eles andavam à procura de algo que pensavam encontrar em João Baptista e que agora procuram em Jesus. Chamam-lhe Rabbi («mestre»), um título comum dado a qualquer mestre daquele tempo, porque esperam aprender alguma coisa com ele.
«Vinde e vede» é a nova palavra de Jesus como resposta à pergunta: «Onde moras?».
Para conhecer o íntimo de Jesus é necessário morar, permanecer com Ele. Onde Jesus vive devem viver também os seus discípulos intimamente unidos a Ele (cf. Jo 14,2). Este contacto pessoal com Jesus é de grande importância na vida dos dois discípulos, que só assim são capazes de intuir que Jesus é o Messias e assim o anunciarem.
A hora décima não parece ser apenas uma recordação forte do impacto que aquele primeiro encontro teve nos dois discípulos, particularmente em João evangelista. A hora décima é a hora da plenitude, do aperfeiçoamento. Jesus é a plenitude. Quem procura, encontrará nele a resposta plena à sua procura; encontrará Jesus como a plenitude da revelação, como o único revelador. Eles permaneceram com ele aquele dia, isto é, a partir daquele dia ficaram com Jesus.
André, a partir da experiência pessoal com Jesus, tem necessidade de a comunicar a outros. Por isso, leva o seu irmão Simão a Jesus.
Agora é Jesus quem fixa o olhar, penetra no íntimo de Simão, para colher a sua identidade e dar-lhe o nome (Pedro) que define a sua missão. Jesus indica que este discípulo será a pedra, o fundamento sólido da nova comunidade.
1ª Leitura: 1 Sam 3, 3b-10.19
2ª Leitura: 1 Cor 6,13c-15a.17-20
Evangelho: Jo 1,35-42
Mensagem:
Na linha duma sucessão de dias de apresentação de Jesus, o evangelista João mostra-nos a figura de João Baptista que está a terminar a sua missão. Ele estava de novo ali, parado, enquanto Jesus passava. Jesus já tinha iniciado o seu caminho, a sua missão.
João fixou o olhar em Jesus. O verbo emblépein, traduzido aqui por fixar o olhar, significa ver dentro, captar o íntimo da pessoa. Aquele Jesus que passa é percebido e apresentado como o Cordeiro de Deus.
No dia anterior, João tinha identificado Jesus como o «Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo» (cf. Jo 1,29). Na mente do evangelista Jesus é o novo Cordeiro pascal cujo sacrifício libertará do pecado e da morte (Jo 19,14); é o Servo do Senhor que, como cordeiro levado ao matadouro, tomou sobre si os pecados de muitos e sofreu pelos culpados (Is 53,7.12); é o novo Isaac, o filho bem amado do Pai, o cordeiro de substituição (cf. Gn 22,1-18) que se oferece espontaneamente por amor.
"Jesus chama André e Pedro" (1673) de Michel Corneille Pintura exposta no Museu de Belas Artes, Renne (França) |
É o testemunho de João que incita os dois discípulos a seguirem Jesus. «Que procurais?» é a primeira palavra de Jesus no Evangelho de S. João. Eles andavam à procura de algo que pensavam encontrar em João Baptista e que agora procuram em Jesus. Chamam-lhe Rabbi («mestre»), um título comum dado a qualquer mestre daquele tempo, porque esperam aprender alguma coisa com ele.
«Vinde e vede» é a nova palavra de Jesus como resposta à pergunta: «Onde moras?».
Para conhecer o íntimo de Jesus é necessário morar, permanecer com Ele. Onde Jesus vive devem viver também os seus discípulos intimamente unidos a Ele (cf. Jo 14,2). Este contacto pessoal com Jesus é de grande importância na vida dos dois discípulos, que só assim são capazes de intuir que Jesus é o Messias e assim o anunciarem.
A hora décima não parece ser apenas uma recordação forte do impacto que aquele primeiro encontro teve nos dois discípulos, particularmente em João evangelista. A hora décima é a hora da plenitude, do aperfeiçoamento. Jesus é a plenitude. Quem procura, encontrará nele a resposta plena à sua procura; encontrará Jesus como a plenitude da revelação, como o único revelador. Eles permaneceram com ele aquele dia, isto é, a partir daquele dia ficaram com Jesus.
André, a partir da experiência pessoal com Jesus, tem necessidade de a comunicar a outros. Por isso, leva o seu irmão Simão a Jesus.
Agora é Jesus quem fixa o olhar, penetra no íntimo de Simão, para colher a sua identidade e dar-lhe o nome (Pedro) que define a sua missão. Jesus indica que este discípulo será a pedra, o fundamento sólido da nova comunidade.
Fonte: Boa Nova - Diocese de Aveiro (adaptação)
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