domingo, 17 de junho de 2012

XI Domingo do Tempo Comum - 17 de Junho

Tema: O Reino de Deus

1ª Leitura: Ez 17, 22-24

2ª Leitura: 2 Cor 5, 6-10

Evangelho: Mc 4, 26-34

Comentário
Este texto, que contém duas parábolas, é a parte final e a sequência da pequena secção de parábolas do evangelho de Marcos que começa com a parábola do semeador que saiu a semear (4,3-9) e, a seguir, com a sua explicação (4,13-20): a semente é a Palavra que é para ser escutada e dar fruto. Os discípulos, que ouvem a Palavra em particular, devem viver esta Palavra e anunciá-la: é o sentido da parábola da lâmpada que se segue (4,21-25).

Toda a atenção da primeira parábola está centrada no crescimento. O papel do homem é reduzido a lançar, a atirar a semente, isto é, a mensagem do Evangelho, para todo o lado. A partir daí, nada depende daquele que semeia: a terra produz por si… Mas o processo é lento e progressivo e não pode ser apressado. O Reino de Deus é uma iniciativa divina e, mesmo aceitando a colaboração humana, está sempre acima de qualquer tentativa humana de conduzir o curso da operação. O tempo da ceifa é uma referência ao juízo no fim de tudo (cf. Joel 4,13).

A segunda parábola parte da constatação do tamanho minúsculo da semente da mostarda (efetivamente a mais pequena na zona da Palestina), em relação à árvore que daí pode germinar (que poderia chegar à altura de 4 metros), para evidenciar a capacidade de crescimento do Reino de Deus apesar da humildade e simplicidade com que se apresenta.

A maior parte da pregação de Jesus às multidões era sob a forma de parábolas, numa linguagem simples que podia se entendida por todos. No entanto, Jesus tinha o cuidado de as explicar aos discípulos, em particular. Não porque os discípulos não percebessem a mensagem, mas porque esta, por vezes, era difícil de aceitar. De facto, como se pode aceitar que alguém se torne pequeno (semente) se torne grande aos olhos de Deus?
Fonte: Boa Nova - Diocese de Aveiro (adaptação) 

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