1ª Leitura: Is 5, 1-7
2ª Leitura: Flp 4, 6-9
Evangelho: Mt 21, 33-43
Mensagem:
"A Morte do Herdeiro" (1894) de J. J. Tissot Pintura exposta no Brooklyn Museumv (Nova York) |
Os interlocutores de Jesus continuam a ser os mesmos do domingo passado: príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo, no fundo os representantes do culto e do povo.
A parábola apresentada neste Domingo parte duma imagem bem conhecida dos ouvintes de Jesus e dos leitores de Mateus. O dado inicial da vinha plantada com todo o cuidado e atenção foi transcrito com a linguagem tomada literalmente do canto da vinha do profeta Isaías (5,1-7). A mudança está em quem trabalha na vinha. Não é o proprietário, como em Isaías, mas vinhateiros a quem o proprietário a alugou, esperando receber a percentagem habitual da colheita, conforme foi, naturalmente acordado.
Facilmente nos apercebemos que estamos perante uma alegoria que apresenta a história da salvação. A vinha representa Israel, o Povo de Deus. O proprietário é Deus. Os vinhateiros são os chefes religiosos, que deviam cuidar da vinha e fazer com que ela produzisse frutos. Os servos enviados são os profetas antes e depois do exílio da Babilónia a quem os chefes, a maior parte das vezes, perseguiram, apedrejaram e mataram. O Filho lançado fora da vinha (fora da muralhas de Jerusalém) e morto é Jesus. De facto, Jesus está a contar esta parábola a poucos dias da sua morte que já tinha sido decidida precisamente pelos seus ouvintes.
Quem ouve uma história destas vai passando da perplexidade à fúria em relação à atitude tomada pelos vinhateiros. Não bastou negarem-se a dar aquilo com que se comprometeram como, de maneira arrogante e criminosa, se arvoraram em donos da vinha. «Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?». A resposta dada pelos ouvintes de Jesus: «Fará morrer miseravelmente aqueles malvados e dará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida», serve de mote para Jesus se dirigir directamente a eles. Por detrás da morte miserável dos «vinhateiros» está a tomada e destruição da cidade de Jerusalém, no ano 70, que causou uma enorme carnificina.
Uma outra conclusão da parábola parte do Salmo 118,22 que se refere ao Messias e ao templo: o filho, rejeitado e morto é como a pedra rejeitada pelos construtores mas posta por Deus como pedra angular e de alicerce da nova construção. Os novos vinhateiros são apresentados como um «povo» contraposto ao primeiro que foi infiel. Este povo não se identifica simplemente com os pagãos convertidos mas é todo o povo messiânico, com hebreus e pagãos, fundado sobre a pedra angular que é Cristo ressuscitado. Os frutos do Reino de Deus podem ser identificados com a «justiça» que os discípulos devem procurar como valor prioritário: uma justiça que consiste na realização perseverante da vontade do Pai.
A parábola apresentada neste Domingo parte duma imagem bem conhecida dos ouvintes de Jesus e dos leitores de Mateus. O dado inicial da vinha plantada com todo o cuidado e atenção foi transcrito com a linguagem tomada literalmente do canto da vinha do profeta Isaías (5,1-7). A mudança está em quem trabalha na vinha. Não é o proprietário, como em Isaías, mas vinhateiros a quem o proprietário a alugou, esperando receber a percentagem habitual da colheita, conforme foi, naturalmente acordado.
Facilmente nos apercebemos que estamos perante uma alegoria que apresenta a história da salvação. A vinha representa Israel, o Povo de Deus. O proprietário é Deus. Os vinhateiros são os chefes religiosos, que deviam cuidar da vinha e fazer com que ela produzisse frutos. Os servos enviados são os profetas antes e depois do exílio da Babilónia a quem os chefes, a maior parte das vezes, perseguiram, apedrejaram e mataram. O Filho lançado fora da vinha (fora da muralhas de Jerusalém) e morto é Jesus. De facto, Jesus está a contar esta parábola a poucos dias da sua morte que já tinha sido decidida precisamente pelos seus ouvintes.
Quem ouve uma história destas vai passando da perplexidade à fúria em relação à atitude tomada pelos vinhateiros. Não bastou negarem-se a dar aquilo com que se comprometeram como, de maneira arrogante e criminosa, se arvoraram em donos da vinha. «Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?». A resposta dada pelos ouvintes de Jesus: «Fará morrer miseravelmente aqueles malvados e dará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida», serve de mote para Jesus se dirigir directamente a eles. Por detrás da morte miserável dos «vinhateiros» está a tomada e destruição da cidade de Jerusalém, no ano 70, que causou uma enorme carnificina.
Uma outra conclusão da parábola parte do Salmo 118,22 que se refere ao Messias e ao templo: o filho, rejeitado e morto é como a pedra rejeitada pelos construtores mas posta por Deus como pedra angular e de alicerce da nova construção. Os novos vinhateiros são apresentados como um «povo» contraposto ao primeiro que foi infiel. Este povo não se identifica simplemente com os pagãos convertidos mas é todo o povo messiânico, com hebreus e pagãos, fundado sobre a pedra angular que é Cristo ressuscitado. Os frutos do Reino de Deus podem ser identificados com a «justiça» que os discípulos devem procurar como valor prioritário: uma justiça que consiste na realização perseverante da vontade do Pai.
Fonte: Boa Nova - Diocese de Aveiro
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