domingo, 23 de setembro de 2012

XXV Domingo do Tempo Comum - 23 de Setembro

Tema: «Se alguém quiser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos.»

1ª Leitura: Sab 2, 12.17-20

2ª Leitura: Tg 3, 16-4,3

Evangelho: Mc 9, 30-37

 

Mensagem:
Depois da cena da transfiguração e da cura dum epilético endemoninhado, Jesus caminha através da Galileia. Quer estar longe das multidões pois tem o propósito de continuar a ensinar os seus discípulos.

O ensino começa, uma vez mais, com um anúncio da paixão, na linha do primeiro (8,31) que foi proclamado no Domingo passado, mas com a nota fundamental de que «será entregue nas mãos dos homens», numa linguagem verbal passiva que tem como sujeito o próprio Deus: «Deus vai entregar».

Tal como Pedro não compreendeu o 1º anúncio, agora é todo o grupo que não compreende, apesar da clareza com que Jesus fala. Recusam-se a aceitar o projeto de Deus para o Messias, que deve passar pelo sofrimento e pela morte. Não fazem objeções, lembrando-se da resposta de Jesus a Pedro, mas discordam completamente no seu íntimo.

«Que discutíeis pelo caminho?». Agora em casa, provavelmente de Pedro, Jesus tem oportunidade de, serenamente, continuar a ensinar. O evangelista Marcos refere o motivo da discussão: qual deles seria o maior.

Esta discussão insere-se perfeitamente na lógica dos judeus da época, com os seus esquemas bem definidos de hierarquias, na sociedade, nos banquetes, nas sinagogas. Sendo assim, no reino do Messias eles, que tinham sido escolhidos por Jesus, iriam ter a predominância. Mas qual a ordem entre eles? Quem era o primeiro?

A lição de Jesus é esclarecedora: na nova comunidade o primeiro lugar é para aquele que serve. Quando todos estão ao serviço uns dos outros, então estarão ao mesmo nível, em primeiro lugar. E este serviço deve ser prestado aos mais pequenos, aqui representados numa criança, sujeito sem direitos nem lugar na comunidade judaica enquanto aos 12/13 anos não se tornasse membro efetivo do Povo de Deus pela cerimónia do bar mitzvah.

Para não haver dúvidas, Jesus apresenta-se, a si mesmo e ao Pai, como identificados com os mais pequenos e no serviço a eles prestado.

Fonte: Boa Nova - Diocese de Aveiro (adaptação) 

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