Tema: O Senhor é meu pastor: nada me faltará
1ª Leitura: Ez 34,11-12.15-17
2ª Leitura: 1 Cor 15,20-26.28
Evangelho: Mt 25,31-46
1ª Leitura: Ez 34,11-12.15-17
2ª Leitura: 1 Cor 15,20-26.28
Evangelho: Mt 25,31-46
Mensagem:
O texto deste domingo apresenta o quadro grandioso do Filho do Homem que facilmente identificamos com a pessoa de Jesus. Ele vem como juiz divino e com todo o poder real anunciado já no livro de Daniel (7,14). Por isso, senta-se no trono como Rei e senhor de todos os povos.
Aquilo que vulgarmente chamamos «Juízo final» de facto apresenta-se mais como a proclamação duma sentença que mais não é do que a constatação da atitude que cada um teve durante a vida. Por isso, logo à partida, todos são separados uns dos outros: benditos para um lado e malditos para o outro, colhendo a imagem na vida pastoril. Em noites mais frias o pastor separa as ovelhas dos cabritos, pois as ovelhas, com a sua lã mais espessa, pode estar ao frio, enquanto é necessário resguardar os cabritos que não têm protecção natural.
Os primeiros, chamados «benditos de meu Pai», são convidados a entrar na posse do reino para eles preparado pela iniciativa soberana e gratuita de Deus. Estes benditos do Pai recebem em herança o reino porque partilharam o destino e a condição do Filho. Os outros são chamados «malditos» e não têm lugar no reino.
A salvação é sempre um dom de Deus concedido àqueles que a aceitam. A condenação é um produto humano, isto é, a consequência natural da não aceitação da salvação oferecida por Deus. É na vida do dia-a-dia que cada um, pela sua forma de viver consigo mesmo, com os outros e com Deus, vai aceitando ou rejeitando aquilo que Deus vai oferecendo para ser vivido em plenitude um dia.
O Rei apresenta-se como aquele que teve fome e sede, peregrino e sem roupa, doente e prisioneiro. O juiz glorioso, a quem os interlocutores chamam «Senhor» tinha o rosto do indigente, do indefeso e do necessitado.
O confronto decisivo entre os homens e Filho do Homem não acontece com gestos extraordinários e heróicos mas na simplicidade dos encontros humanos, com os gestos mais simples.
No evangelho de Mateus há uma insistência no amor para com o próximo e na realização na vontade do Pai. Ora, a vontade do Pai, revelada e realizada por Jesus, resume-se no amor gratuito e activo para com os pobres, doentes e necessitados. No entanto, o critério decisivo para a salvação ou ruína não está simplesmente na prática do amor para com os necessitados. A novidade evangélica está na identificação que Jesus faz com estes: «Sempre que (não) fizestes a um destes (meus irmãos) mais pequeninos (não) o fizestes a mim».
Fonte: Boa Nova - Diocese de Aveiro (adaptação)
O texto deste domingo apresenta o quadro grandioso do Filho do Homem que facilmente identificamos com a pessoa de Jesus. Ele vem como juiz divino e com todo o poder real anunciado já no livro de Daniel (7,14). Por isso, senta-se no trono como Rei e senhor de todos os povos.
Aquilo que vulgarmente chamamos «Juízo final» de facto apresenta-se mais como a proclamação duma sentença que mais não é do que a constatação da atitude que cada um teve durante a vida. Por isso, logo à partida, todos são separados uns dos outros: benditos para um lado e malditos para o outro, colhendo a imagem na vida pastoril. Em noites mais frias o pastor separa as ovelhas dos cabritos, pois as ovelhas, com a sua lã mais espessa, pode estar ao frio, enquanto é necessário resguardar os cabritos que não têm protecção natural.
Os primeiros, chamados «benditos de meu Pai», são convidados a entrar na posse do reino para eles preparado pela iniciativa soberana e gratuita de Deus. Estes benditos do Pai recebem em herança o reino porque partilharam o destino e a condição do Filho. Os outros são chamados «malditos» e não têm lugar no reino.
A salvação é sempre um dom de Deus concedido àqueles que a aceitam. A condenação é um produto humano, isto é, a consequência natural da não aceitação da salvação oferecida por Deus. É na vida do dia-a-dia que cada um, pela sua forma de viver consigo mesmo, com os outros e com Deus, vai aceitando ou rejeitando aquilo que Deus vai oferecendo para ser vivido em plenitude um dia.
O Rei apresenta-se como aquele que teve fome e sede, peregrino e sem roupa, doente e prisioneiro. O juiz glorioso, a quem os interlocutores chamam «Senhor» tinha o rosto do indigente, do indefeso e do necessitado.
O confronto decisivo entre os homens e Filho do Homem não acontece com gestos extraordinários e heróicos mas na simplicidade dos encontros humanos, com os gestos mais simples.
No evangelho de Mateus há uma insistência no amor para com o próximo e na realização na vontade do Pai. Ora, a vontade do Pai, revelada e realizada por Jesus, resume-se no amor gratuito e activo para com os pobres, doentes e necessitados. No entanto, o critério decisivo para a salvação ou ruína não está simplesmente na prática do amor para com os necessitados. A novidade evangélica está na identificação que Jesus faz com estes: «Sempre que (não) fizestes a um destes (meus irmãos) mais pequeninos (não) o fizestes a mim».
"Juízo Final" (1432-35) de Fra Angelico Pintura exposta no Museu de S. Marcos, Florença |
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